A tropical fruit lays down
On the sidewalk
Of a major city
E cresce hortelã em cirílico
Contra as paredes do Pártenon
Abandonado
A caminho do banco
Alguém deixou sobre um muro de laranjais
Uma Gillette Blue II
Que amarelece
À esquerda,
Deitado nas pedras,
Um belonófobo mete para a veia
O seu vencimento de enfermeiro…
Há restos de ananás e manga
No país da carne
Onde uma criança prime a bomba atómica
Por mais açúcar
E eu quase por doido me tomo
Ou me acho tomado
Por reparar nestas coisas
Que existem!
Como ouro nos garimpos
E petróleo na água
Reparo nisso
E nada reparo.
Acho um euro no pó da estrada
E fico contente por não o ter lutado –
Uma graça
Que dará para algumas laranjas
Ou uma pilha para o relógio
Que não uso