gaya

Acendo

um ultimo adeus

por e quanto

apago a primeira

amarra que teu me toma.

destilo minha

pele enquanto

enxugo um toque

teu que tão depressa

te corre, meu corpo.

queimo lágrimas

sobre o vale que

em minha pele

se esconde,

vejo minha chama

arder sobre teu amalgo fluído

que de tua garganta segregas

e sufocas o cruel beijo…

eu, tu,

duas feridas que

se juntam

incardidas de sangue e dor…

derramas sangue

de teus seios.

tão depressa o

colocas no mar

que te devora…

a meus sonhos

me comovo agora,

deixado e comido

pelas trémulas bestas

que se soltam cavalgantes

em que, virtude purgante do

eterno visitante reluz

teus olhos os meus…

sujo minhas memórias

nas entranhas de tuas veias,

tais quais interrompem

meu inferno ardente

que se votiliza em

um abraçar

de teus

cantos.

separo meu beijo do teu

enquanto tu, de doces sonhos

mastigas reagente ao carinho

de uma cor que perdida se abate.

queimas meu suor negro

que aflui vacilante sobre a carne

de este perfume que te escrevo.

ainda chovem cinzas

tuas.

Apago

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