Sol

Em prisma disparas

inseparáveis mil cores

que depressa seduzes

em bailarinos de luzes.

Descubro-te a ti

entre um tocar de um fá

e um grito lá

lamentado.

Corpo celestial de gosto

salgado que solidifica

meu coração salvado.

Ofereço-te meu corpo

para que o possas pela tua luz

rasgar,

entre a carne que o compõe

pedaços de traços teus agarrados

encontrarás.

Teus claros cabelos

meu rosto do sono da noite lambem,

lavando e levando com eles

embaraçados sonhos de mel.

Tua seiva pelas plantas teima

solta, devorada e agarrada

no brilhar de teu olhar-esmeralda.

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